O ano de 2020 já é considerado histórico por analistas de mercado online. O expressivo crescimento do comércio eletrônico registrado em pesquisas e o aumento da fatia do e-commerce no total do varejo brasileiro ilustram o momento único pelo qual o setor passa. O aumento foi impulsionado, sobretudo, pela mudança nos hábitos de consumo resultantes da pandemia e há indicativos sólidos de que o cenário deve se manter em 2021, mesmo que de maneira menos expressiva. Mais do que isso, analistas sugerem que 2021 será um ano de consolidação do e-commerce local e de setores que até então estavam pouco presentes no ambiente online.
Um relatório divulgado pela Shopfy aponta um cenário de aumento na concorrência online. Neste sentido, a consolidação de lojas virtuais irá depender principalmente da experiência dos usuários naquele ambiente. Ao mesmo tempo em que o consumidor está mais aberto à possibilidade de realizar todas suas compras online — até mesmo produtos de higiene e alimentação —, ele também está mais exigente com sua jornada de compra. Assim, o relatório indica que o momento é apropriado para criar novas experiências. Esse movimento deve ser no sentido de tornar a marca mais presente, tanto no real como no virtual, e de facilitar a vida dos consumidores por meio de uma combinação de estratégias .
Segundo pesquisa realizada pelo Ebit-Nielsen, as vendas no mercado eletrônico devem crescer em torno de 26% em 2021, correspondendo a um faturamento de aproximadamente R$ 110 bilhões. O relatório estima também um aumento de 16% no número de pedidos, que deve somar um total de 225 milhões, e de incremento de 9% no valor médio das vendas, que pode chegar a R$ 490,00.
De um lado, o relatório aponta também que limitações de crescimento do setor — se comparado a 2020 —, estão relacionadas com a expectativa de recuperação econômica lenta. As incertezas diante da pandemia e da velocidade de vacinação ainda complicam o cenário econômico brasileiro. Do outro, o relatório destaca que compras online se consolidaram como forma mais segura de consumir produtos e serviços em um contexto de pandemia, o que garante posição de destaque para o comércio eletrônico neste contexto de incerteza.
Uma segunda estimativa vem da XP Investimentos, que prevê crescimento de 32% para o setor neste ano. O levantamento feito pela assessoria de investimentos aponta que haverá espaço para aumento na taxa de penetração de vendas online, que fechou em 6% em 2019 e 9% em 2020. Um outro ponto positivo destacado pela XP Investimentos é a concorrência no mercado do comércio eletrônico no Brasil. Diferente dos EUA e da China, em que uma companhia domina o setor, no Brasil há muitas marcas consolidadas e a disputa interna é mais acirrada, favorecendo o consumidor. Além disso, a tendência é de fortalecimento do chamado “figital”, junção do físico e do digital.
E para você, quais são as perspectivas para 2021? Qual sua opinião sobre a situação econômica e a relação com o comércio eletrônico? Compartilha com a gente nos comentários.